26.12.07

O poder da ressurreição!

A mensagem da escritura é pregada hoje em grande parte do mundo. Muitos povos ouvem, ou já ouviram sobre Deus. O Brasil é um país cristão e possui um crescimento extraordinário de evangélicos por ano. Mas em meio a essa onda crescente há uma contradição que já foi detectada por muitos e ainda hoje é detectada. Crescemos, mas não modificamos, a nação ainda vai de mal a pior, o mundo esta sendo destruído, povos se matando, corrupção tomando conta das igrejas, pois na política já se tornou um pré-requisito. Em meio a isso crescemos e divulgamos a mensagem dada por Deus a todos os homens.

A nossa pregação ainda é coerente com a pregação dos apóstolos, pois pregamos que Cristo é o único meio de reconciliação com Deus, e que todo o homem necessita de um reencontro para saciar seu vazio existencial.
Mas ainda fica a pergunta: Por que temos poder de expressão e não poder de modificação?

Em Lucas 24. 13-35 temos a história dos discípulos que estão saindo de Jerusalém e indo a um vilarejo próximo. Cristo estava morto, já era o terceiro dia, ele não havia ressuscitado, todos os seguidores de Cristo corriam risco de morte, e Jerusalém não era o lugar mais seguro naquela altura do campeonato. Se continuarmos observando o texto, veremos que mesmo desanimados e com essa situação de morte, após o encontro com Cristo no caminho de Emaús, os discípulos voltam imediatamente para Jerusalém, mesmo sabendo que poderiam morrer.

Anos se passaram após esse evento, entretanto ainda seguimos um Deus que não ressuscitou dentre os mortos, pois vivemos como se ele não existisse, pregamos que ele vai voltar, mas a nossa vida evidência o contrário. Estamos mais preocupados em construir templos e poupar dinheiro do que investir em vidas e em trabalhos sociais. Preocupamo-nos em aplicar nosso dinheiro em coisas que vão ficar, e esquecemo-nos de não ficar ansiosos com o que haveremos de comer ou beber. Pregamos a todos que Cristo nos sustenta, mas vivemos tentando sustentar a nós mesmos.

Somos tímidos diante do mundo e suas dificuldades, pois a pesar de pregarmos um Cristo que ressuscitou, vivemos como se Ele ainda estivesse no madeiro. Estamos sentados na mesa com o Cristo ressurreto, mas os nossos olhos ainda continuam vendados.
Senhor mostra-nos o poder da tua ressurreição, e ensina-nos a viver uma vida real, como se realmente tivéssemos encontrado o Deus que venceu a morte.

21.12.07

Conflitos de gerações

Ata de nº (a verificar) pág. 5. Considerações finais:

Derval Bastião, cinqüenta e dois anos e meio vividos, diácono obtuso, solicitou veementemente, em plena assembléia extraordinária realizada na igreja dos Crentes à rua Quinze versículo vinte e dois, por motivos, pelo que se cogitou, indecifráveis, que fosse trocada a cortina cor de anis da cantina por uma xadrez caqui e gris (talvez para combinar com o seu típico paletó, ganho no seu quadragésimo quinto aniversário).

Murilo da Silva Pimenta, dezessete de idade, dois de conversão e filho mais novo, desde sempre, do senhor Altamiro, requereu solenemente, por obséquio, na mesma reunião já referida, que senão rápido urgente, ocorresse um intercâmbio desta igreja com a congregação da vila das Esmeraldas, por questões, pelo que desconfiamos, religiosamente hormonais.

10.12.07

A Hermenêutica de Satanás X Hermenêutica de Cristo.

Que a Bíblia é a palavra de Deus, isso eu não discuto, mas que a interpretação (hermenêutica) que nós fazemos e a mensagem que nós pregamos a partir dela é mensagem de Deus, aí já não coloco a mão no fogo. Pois mesmo a Bíblia sendo palavra de Deus, os princípios de interpretação que você tiver vão definir se o que você fala vem da parte de Deus ou de outras partes.

Citar a bíblia para afirmar uma verdade sua não quer dizer nada demais. Gostaria de tirar como base alguns princípios que encontrei na hermenêutica usada por Satanás e por Cristo no episódio da tentação no deserto (Mt.4:1-11).

Quando Satanás tenta Jesus no alto do templo, falando para Ele provar que é filho de Deus pulando lá de cima, Satanás cita Salmo 91:1 e 2, rogando as promessas do cuidado de Deus para os Seus filhos.

Se até Satanás pode citar e interpretar a bíblia, a grande questão é: quais são os princípios que vamos usar na nossa interpretação para não ser os mesmos princípios de Satanás e sim de Jesus?

Quando o querer do interprete é maior que a bíblia, ele usa as bênçãos para si e as recomendações para os outros. Foi assim que satanás usa a bíblia com Jesus. Como é interessante ver que as três vezes que Jesus cita a bíblia para responder Satanás, Ele interpreta para Ele mesmo e não para atacar satanás. Ele afirma que não só de pão ele vive, mesmo estando 40 dias sem comer. Não tentarás o senhor teu Deus, mesmo sabendo que Deus responderia os desejos do seu coração, e que ele deveria adorar somente a Deus. Todas as citações foram de encontro com Ele mesmo e não diretamente a Satanás.

Pensando bem nos dias de hoje e neste texto, o que estava por trás dos desafios que satanás colocou a Jesus? Fico pensando que Jesus poderia transformar não só a pedra em pão como o próprio diabo em pão. Não pularia do templo e pediria para os anjos pegarem, ria da cara de Satanás e sairia voando. E na hora de que Satanás pedisse para ele se prostrar, com um dedo ele apontaria para Satanás e o fazia beijar seu pé naquela mesma hora. Esta é a reação de um Jesus todo poderoso! Não é?

Mas se ele reagisse dessa forma, ele teria caído nas três tentações de Satanás: prazer, poder e fama. Teria interpretado os princípios do Reino com os princípios da hermenêutica de Satanás. Mas Jesus, ao vencer as tentações, mostra que seu reino não teria os princípios deste mundo, e sim, princípios de renuncia, serviço e humildade.

Esta é a grande diferença entre a hermenêutica de satanás e a hermenêutica de Jesus, uma parte da prerrogativa do que dá prazer, poder e fama e a outra, da prerrogativa do amor: renúncia, serviço e humildade. Que Deus nos ajude a viver os princípios da hermenêutica de Cristo.


Marcos Botelho

"O texto na integra se encontra em www.marcosbotelhodojv.blogspot.com.br"

6.12.07

O Reitor e o Maltrapilho

Torna-te o que tu és.

Eis aqui a história do reitor da maior universidade do mundo. Ele está acima de qualquer suspeita por ser o mais conceituado, sábio, justo, irrepreensível e amoroso reitor de todos os tempos. É conhecido como um mestre por excelência – sua metodologia pedagógica é regeneradora e metamórfica. É conhecida por transformar indivíduos anônimos em pessoas conhecidas, maltrapilhos ambulantes em doutores do saber e da vida. Ele é o reitor da Universidade da Vida.

Essa universidade é muito concorrida. Todos querem matricular-se para viver nela. Muitos estudiosos tentam entrar por meio de todo tipo de esforço próprio. Fazem grupos de estudos rigorosos, são disciplinados, inteligentes, dominam o saber, buscam conhecimento o tempo todo. Mas sempre são reprovados no vestibular. Nunca conseguem entrar. A cada reprovação uma decepção, um mistério a ser desvendado e um grito de injustiça é engolido seco pelos nerds reprovados. Assim, ninguém consegue por si mesmo passar na Universidade da Vida para estudar aos pés do reitor, mestre da vida. Mesmo que passem a vida toda estudando.

Mas um dia aconteceu algo absurdo, sem lógica. O amoroso reitor se revela: Sai de sua sala à procura de novos alunos. Para o espanto de todos, passa a andar no meio de pobres, mendigos, analfabetos, marginais, ignorantes e loucos, a fim de matriculá-los na sua universidade.

Ao sair de sua sala, o mestre dos mestres encontra um cenário de ignorância intelectual, violência lingüística, analfabetismo moral e pobreza de espírito. Sua compaixão se manifesta enquanto vê e toca em pessoas alienadas do saber. E decide matricular todos os loucos e analfabetos em sua universidade, por amor de seu nome. Mas, a partir dessa decisão, surge um dilema: Somente poderia entrar na Universidade da Vida quem passou no seu vestibular. E isto é justo. É justiça. E agora, como fazer justiça?

O reitor então chama seu único filho e o desafia a estudar muito, no lugar de todos aqueles pobres de espírito. Seu filho, voluntariamente, começa sua jornada de estudos diários durante 33 longos anos de muito sofrimento mental e renúncia, solucionando problemas complicados e quase delirando nos labirintos do saber.

Até que chega o grande dia do vestibular. A concorrência é grande. Muitos chegam animados ao local da prova. Dentre a concorrência existem nerds, PhD’s e uma forte torcida contra o filho do reitor. Todos eles com inveja, reclamando seus direitos perante suposta injustiça.

O cartão de inscrição do vestibular do filho do reitor indica o prédio Calvário e a carteira com o formato de cruz como sendo o lugar para fazer tão terrível prova. Após longas horas de sofrimento mental, emocional e espiritual, conclui a prova, mas seu corpo se esgota, ultrapassando seus limites. Três dias depois, sai a lista dos aprovados. Todos correm ansiosos pra ver o resultado. Mas, para o espanto de todos, o único que foi aprovado com nota máxima foi o filho do reitor.

Após a aprovação de seu filho, o reitor vai ao encontro dos analfabetos e ignorantes. De uma maneira especial encontra um maltrapilho sujo, imoral, com sérias debilidades mentais, analfabeto e entrega o diploma de doutorado da Universidade da Vida. Esse maltrapilho, sem entender nada, olha pra si mesmo e diz que não merece tal diploma porque não estudou nada e nunca teria condições de passar nesse vestibular. O reitor, com um olhar de amor e justiça, diz que esse diploma foi conquistado pelo seu único filho quando foi aprovado no calvário, em seu lugar. Diz que este diploma é do seu filho, mas que está sendo entregue a todos aqueles que reconhecem que nunca poderão passar no vestibular por si mesmos. O reitor diz: “Agora, maltrapilho, torna-te o que tu és: um doutor. Você tem a vida toda para tornar-se o doutor que você já é.” Então, com os olhos cheios de lágrimas e com o coração constrangido, aquele maltrapilho, confiando no filho do reitor recebe o diploma e responde ao convite para matricular-se na Universidade da Vida.

A partir daí, o reitor e o maltrapilho começam a andar juntos e acontece a grande transformação. As aulas transformam o maltrapilho num ser humano digno e decente, com sede do conhecimento e amor pelo reitor. Enquanto passa a vida aprendendo, aquele homem maltrapilho sempre se lembra de que sua identidade foi marcada pelo reitor. Em resposta a essa bolsa de estudo e ao diploma recebido, o maltrapilho se dedica ao máximo para tornar-se o que já é: um doutor.

Assim é o evangelho da graça de Deus. O diploma da salvação é conquistado unicamente por Jesus no vestibular da cruz. É dado imerecidamente para os maltrapilhos analfabetos e recebido com fé para transformá-los a cada dia no que já são: PhD salvos e santos. Receba a graça da salvação e durante toda a tua vida, torna-te o que tu és.

JAIRO FILHO, O Dr. MALTRAPILHO.

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