11.2.09

“Então os que temiam ao Senhor falavam uns aos outros; o Senhor atentava e ouvia...” Ml. 3.16

Ultimamente, tenho refletido muito sobre a oração, pois percebo que a maioria das orações que faço e das orações que são feitas nas igrejas são meros jargões, são vãs repetições, são ferramentas litúrgicas usadas apenas para fazer a transição de uma leitura bíblica ou de um momento para o outro durante o culto. Outro elemento que ultimamente prende a minha atenção é a maneira como me expresso, ou seja, tudo aquilo que eu falo, tudo aquilo que sai da minha boca, todas as minhas palavras e gestos que servem de instrumentos para a minha comunicação com a sociedade.

Destaco esses dois elementos, oração e o falar, pois nesse texto de Malaquias aprendo o modelo da verdadeira oração. O texto diz que os justos conversavam, e Deus atentava e ouvia as suas conversas. Tudo aquilo que eles falavam, tudo o que diziam um para o outro. Ora, não seria esse o processo da oração?
Claro que sim. Quando oramos, estamos falando com Deus e Ele está nos ouvindo, pelo menos, essa é a definição tradicional sobre a oração. O que ocorre nesse texto é exatamente o que ocorre na oração, só que eles não estavam tradicionalmente orando eles estavam apenas conversando. Todavia, Deus não fez nenhuma distinção, pelo contrário, Ele atentou à conversa dos justos como Ele atenta para a oração, pois acredito, com base nesse e em outros textos, que Deus não faz separação entre nossa conversa e nossa oração.

O que falamos, ou seja, a nossa conversa é tão importante que Paulo, ao falar sobre isso em Efésios, alerta os cristãos dizendo: “deixem a mentira e falem a verdade uns com os outros (4.25); Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe (4.29); coisas sensuais, inconvenientes (5.4)”. A proposta é que falemos uns com os outros através de salmos e cânticos espirituais. Na realidade, quer dizer, que nossa conversa deve ser sincera como os salmos são sinceros e profundamente santa, pois Deus está diante das nossas palavras, atento a tudo o que falamos como uma oração.
Por essa razão, entre nós não se deve nunca nomear coisas banais e comuns, como é de costume dos pagãos, pois orar não é só falar com Deus, mas é também falar com o próximo.

3 comentários:

Jairo Filho disse...

Calebe,

Tenho pensado muito sobre como viver a espiritualidade integral em Cristo.

Tenho estudado e meditado em muitos textos da Bíblia sobre esse assunto. E descobrir muitas lições.

Mas, confesso que não sabia que nossas conversas, bate-papo, diálogos com nosso próximo são orações que cabem no coração de Deus, tanto quanto aquelas que fazemos no silêncio de nosso quarto, ou reunidos no culto solene e público em comunhão dentro de um templo.

Agradeço a Deus pela tua vida, e por você ter me ajudado a dilatar minha experiência espiritual de oração integral feita comum-unidade em bate-papo.


Em Cristo, que viveu suas orações

Jairo Filho

Pensamentos diários sobre a vida Cristã disse...

A Paz

Encontrei um site com uma proposta interessante sobre Internet tv
http://wwebtvbr.com
Entra la e assiste ao video.

Vamos aceitar ou reagir?
Ou assista ao vídeo no youtube
http://www.youtube.com/watch?v=zuN0JUAGV6o

A Paz

Carlos Duarte

Gustavo da Hora disse...

Cacá,
O que você disse no texto é verdade!
Essa "noção" da presença de Deus em tudo o que vivemos, falamos e pensamos é para mim extremamente libertadora e confortante...
Faz-nos lembrar que Deus não está preso às formas e fórmulas da nossa religiosidade. Ao contrário, está pronto para nos ouvir em tudo o que somos, fazemos ou sentimos!
Me parece que a nossa boca fala mesmo daquilo de que o nosso está cheio. Deus sabe disso e nos chama para reconhecermos isso diante dele!

Abração aos meus brothers de caminhada e dessa comunidade hermenêutica despretenciosa!

Visitas no Vale

Ecoando no Mundo